quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Entrevista - Joe Gomes





Batemos um papo legal com Joe Gomes, um grande baixista, compositor, enfim um músico completo. Ele nos contou sobre a infância, influencias, amizades e muito mais. Confira:



Marketeiros: Joe como descobriu, se pode assim dizer, o rock sendo nascido em uma cidade com um ritmo tão marcante quanto o axé e outros ritmos dançantes?
Joe: Pois é, descobri o rock no carnaval da Bahia, muito provavelmente na Praça Castro Alves. Vi os Novos Baianos, além das carreiras solo de Baby do Brasil e Pepeu Gomes, mas não esqueço de ouvir Stones e Beatles no trio de Dodô e Osmar. Ouvi música clássica, samba, rock, frevo e tudo mais. Minha mãe nos levava (eu e meus irmãos) pra Avenida 7 e ficávamos ali de frente pra estátua de Castro Alves e víamos e ouvíamos tudo. O carnaval da Bahia da década de 70 era o bicho!


M: Seu nome de batismo é Silvano, então de onde vem Joe?
J: Joe foi um apelido dado por um colega da ETFBa (Escola Técnica Federal da Bahia) chamado Igor. Eu já tocava e ele, sempre que nos encontrávamos (éramos da mesma sala) já dizia “fala Joe”. Eu achava o máximo porque tocava com uns caras (Rex - The Dead Billies/ Retrofoguetes e Fábio Magalhães - Cascadura) e fazíamos muitos clássicos dos anos 50, e “Joe” era um nome comum no rock americano. Mas um dia fiquei curioso porque ele tinha colocado esse apelido em mim e a resposta foi um banho de água fria (risos). Ele disse que pelo fato de sermos da mesma sala e eu quase nunca estar presente eu era “de outro mundo”.
Eu sempre achei que era Joe (risos), daí aproveitei e comecei a assinar Joe Tromondo. Ah, o nome da banda com Rex e Fábio era Os Feios.


M: O contrabaixo é um instrumento indispensável em uma banda, porém muito criticado, porque a decisão de ser baixista?
J: Eu tocava guitarra e às vezes pegava num baixo de algum amigo pra brincar. Numa dessas tocadas um grande amigo (apesar de não nos vermos muito) e GRANDE guitarrista Webster, chegou pra mim e disse “Silvano (ainda era assim), por que você não troca a guitarra pelo contrabaixo? Guitarra tem um monte de gente tocando muito bem (não preciso dizer que não me encaixava no “muito bem”) (risos),  mas o baixo está precisando de bons músicos”. Daí me vieram as lembranças de quando estava aprendendo a tocar no violão de meu irmão mais velho e as cordas mais finas estavam quebradas e claro que não era isso que ía me fazer largar. Lembro muito de estar andando de skate e tocando Day Tripper somente nas cordas grossas, era perfeito! E também do dia que foi definitivo pra essa escolha, foi num show dos Feios. Eu só tinha uma guitarra e tocava com o baixo emprestado de amigos, quando nos reunimos e foi colocado que tinha outro amigo nosso que poderia tocar baixo (ele tinha o instrumento) e eu iria pra guitarra, pirei e falei: O BAIXO SOU QUEM VAI TOCAR! Fui vender bolo na escola pra juntar dinheiro e comprei o meu primeiro baixo, um Gianinni.



M: Além de instrumentista, você compõe e também canta. De onde vem suas inspirações pra compor?
J: Minhas inspirações para compor vêm de um bate papo, um filme, dos amores/desamores, de tudo. Quem é MÚSICO respira MÚSICA. Composição pra mim vem de observação/percepção.


M: Você ficou durante 10 anos na banda Pitty, porém teve uma saída conturbada. Ainda muito consagrado por todos os fãs da banda, você sente falta de algo que viveu durante esses 10 anos?
J: Não sei se sinto falta de alguma coisa em especial. Agora quanto aos fãs, nunca gostei dessa palavra “”, e essas pessoas que conheci na estrada como “fãs”, muitas viraram meus amigos e continuamos em contato. Conversamos pelas redes sociais, por celular e sempre que dá, eles vão aos shows dos meus projetos. Sempre achei muito vazio esse amor cego. Gosto de conhecer pessoas e aprender com elas, isso que acho importante mesmo.



M: Qual ou quais bandas compõe o que você é hoje?
J: Com certeza os Dead Billies, minha banda em Salvador nos anos 90. Minha escola de tudo. Toquei com esses caras e toco até hoje (sempre que dá, nos juntamos pra fazer um som). Cada um tem seu gosto, mas eu tive o privilégio de tocar boa parte de minha vida com o melhor baterista do mundo - Rex, o melhor guitarrista do mundo - Morotó e o melhor vocal e performer do mundo - Glauber.
Eu sempre achei incrível tocar/estar com esses caras e isso me impulsionou muito a querer crescer como músico e como ser humano também.


M: O que mudou do Silvano que saiu de Salvador, para o Joe “paulistano”?
J: Não mudou muito não viu (risos). Mas se tiveram mudanças significativas foram na cor da barba e no peso. Ah, e na experiência de tocar com muitas pessoas diferentes.


M: Qual som (banda, cantor solo, música) você indicaria para nossos leitores?
J: Bom, vou colocar coisas essenciais pra mim, na minha formação, de alguma forma:
Elvis Presley; Stray Cats; Red Hot Chilli Peppers; Chuck Berry; Little Richard; Tim Maia; Erasmo Carlos; Tony Bizarro; Luiz Caldas; Armandinho, Dodô e Osmar; as gravadoras Motown, Stax, Atlantic R&B; Queens os the Stone Age; Rage Againt the Machine; Úteros em Fúria; Muse; Chet Baker (gosto muito dele cantando); Blitz; Bob Marley; Leo Jaime; Alabama Shakes.


M: Nossa página também trata se games e séries. Então conta pra gente o que você anda jogando e assistindo.
J: Nunca gostei muito de séries, mas Breaking Bad, The Walking Dead, Narcos, Um Drink No Inferno e Shameless me prendem na frente da TV.
Amo filmes! Queria indicar um filme, pode? Crepúsculo dos Deuses ou qualquer um de Billy Wilder.


Joe e a Gerência 
M: Para finalizar, o que temos de novidades para esse restinho de ano?
J: Gravei um disco em 2012 com Rex, Morotó e Glauber, que ainda pode ser lançado esse ano; gravei o disco solo de Luciano Garcia (guitarrista do CPM22) e estou trabalhando no disco solo de Clemente (Inocentes) que provavelmente gravaremos até o fim do ano. Sem falar de Joe e a Gerência que é meu maior desafio, pois toco guitarra e canto e onde saio completamente da minha área de conforto.



Quero aproveitar e agradecer a vocês pelas boas perguntas e espero que tenha sido legal.

Ouça Joe e a Gerência: 


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lollapalooza 2016 - Atrações



Lollapalooza Brasil 2016, que será realizado nos dias 12 e 13 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, anunciou oficialmente o seu time de atrações. EminemSnoop DoggFlorence and the MachineTame ImpalaNoel GallagherOf Monsters and Men, Mumford and SonsAlabama Shakes e Jack Ü, projeto dos DJs Skrillex Diplo são os principais artistas escolhidos pela organização.
Eagles of Death MetalDie Antwoord, Marina and The Diamonds, Cold War Kids, Bad Religion, Twenty One Pilots, The Joy Formidable, Emicida, Walk The Moon, Halsey, MagloreZeddKaskadeOdeszaZeds DeadFlosstradamusRL GrimeDuke Dumont, Albert Hammond JrGramatikVintage TroubleSupercomboMatthew KomaJack NovakDônicaVerasalleGroove DelightZerb, Karol ConkáThe BaggiosFunk FatDingoBellsA-TrakMatanzaJungle, Seeed Marrero também compõem o restante dos artistas do festival.
As vendas para o festival já começaram. O primeiro lote do Lolla Pass, que dá entrada para os dois dias de evento, já está esgotado. Para o segundo lote, os preços são de R$ 370 (meia-entrada) e R$ 740 (inteira). No terceiro lote, o preço sobe para R$ 400 (meia) e R$ 800 (inteira).
Foram anunciados também os preços do Lolla Day, que dá acesso a apenas um dia do evento. O primeiro lote é de R$ 190 (meia) e R$ 380 (inteira); o segundo, de R$ 210 (meia) e R$ 420 (inteira); e o terceiro, de R$ 225 (meia) e R$ 450 (inteira).