segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Entrevista - Mc Mayara



Levamos um papo bem maneiro com a funkeira Mc Mayara, ele nos contou como começou no funk, sua gravidez e muito mais.
Confiram:



Marketeiros: O que te levou a querer seguir carreira na música e com o funk?

Mc Mayara: Era um sonho desde pequena fazer música, meu pai é musico também. E escolhi o funk porque sempre foi um ritmo que me acompanhava na infância, afinal venho da periferia de Curitiba, e também por ser um ritmo ainda com muitos preconceitos e sempre tento lutar contra todo preconceito, seja na musica ou na vida das pessoas.

 

M: Você acha que funkeiro ainda sofre muito preconceito? E porque acha que isso acontece?

MM: Sim muito, e ainda mais se for mulher, porque antes eram maltratadas e ainda aceitava ser chamada de cachorras. Hoje essa historia tá mudando muito, principalmente com as novas Mc’s. Acontece porque existe a história que funk é musica de favelado e de pobre, na verdade até pode ser isso, mais sempre rola funk nas melhores festas da alta, funk na mais é que música eletrônica criada na favela com os recursos que temos, mais hoje melhorou muito o padrão dos funk, hoje o funk tende a ser o novo POP.

 

M: Além do funk, o que mais toca na sua playlist?

MM: Olha 80% é Eletrofunk, 20% tem pops antigos e atual.

 

M: No seu começo de carreira, muita gente julgou seu trabalho por achar que você tinha pouca idade. Como lidou com essas críticas?

MM: Olha até hoje sofro com isso, na verdade não sofro, adoro quando alguém fala que tenho 14 anos e na verdade tem 21 anos e mãe (risos). Pra mim é supernormal essa situação, era a ideia do meu projeto desde inicio parecer uma menina.

 

M: Você segue a “Teoria da Branca de Neve”?

MM: Não, sou uma mulher sofrida.  Teoria da Branca de Neve” é apenas um grito de libertação contra o machismo, temos o mesmo direto que os homens e não merecemos ser julgadas por fazer o que eles já fazem a muito tempo.

 

M: Como surgiu a ideia de a releitura de “Wanna Be” das Spice Girls?

MM: Essa ideia não foi minha, foi da DZ, ela me mostrou as “Spicer Girls”, eu não conhecia. Ai começamos a fazer a composição juntas e saiu esse clipe lindo e essa música que virou um clássico do funk, foi o 1º vídeo clipe no mundo funk em plano sequencia.

 

M: O que mudou na Mc Mayara de “É Minha Primeira Vez”, pra Mc Mayara de agora?

MM: Muita coisa, hoje os meus produtores são profissionais da música, antes não era e se fazia muitas músicas fora do tom e por isso acabava não sendo tão respeitada pela mídia. Agora não, fazemos tudo como os gringos fazem musicalmente falando, só não mudei o jeito de fazer clipes, porque ser Trash sempre vai ser a marca registrada do Eletrofunk Brasil.

 

M: Gravar um clipe grávida vou uma coisa natural, ou foi algo “Estou grávida quero um clipe”?

MM: Na verdade a gravidez foi algo programa mesmo antes de me torna Mc Mayara. Sempre quis engravidar aos 20 anos, como minha mãe e minha avó. E com isso a ideia de mostrar que gravidez não é doença, eu trabalhei até o oitavo mês fazendo shows e fiz o clipe pra mostrar que mulher é linda com um barrigão e mostrando que a vida é o maior dom.

M: Nossa página além de música, tratamos de séries, filmes e games.  Então conta pra gente o que você anda assistindo e jogando.

MM: Ando vendo muitas series do Netflix, acho que isso virou um vicio mundial (risos). Ando jogando muito, meu preferido é “Tomb Raider”, mas também gosto muito de “Mortal Kombat e “Como Treinar Seu Dragão 2. Gosto de jogos diferentes! É para divertir e passar o tempo.

 

M: O que teremos de novidades para os próximos meses?

MM: Vem ai meu 3º CD, tem o clipe de “Ai Como Eu Tô Bandida Dois”, esse tem uma megaprodução de filme, mas ainda vai ser trash e até um final do ano tem mais alguns clipes e o lançamento do meu game pra +18 (Pika Das Galáxias).


Veja o clipe de "Ela Sabe Rebolar":

 

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