segunda-feira, 8 de junho de 2015

Entrevista com Ivan Sader

 



O roqueiro Ivan Sader beteu um papo com a nossa equipe e nos contou sobre como a música entrou na sua vida, seus projetos e muito mais. Confiram:




Marketeiros: Quando o rock entrou na sua vida?

Ivan: Comecei a ouvir rock com meu pai quando tinha uns 7 anos! Ele tinha muitos discos de vinil em casa (Deep Purple, Beatles, Hendrix, Steve Miller Band, Pink Floyd entre outros) e minha paixão pelo som de violão e guitarra começou alí!

 

M: O desejo de cantar surgiu muito cedo, aos 13 anos. Quem foi o grande ícone que fez com que isso acontecesse?

I: Comecei a tocar violão em casa, com as extintas revistinhas de cifras que vendiam nas bancas. Lembro que fiz uma cirurgia aos 10 anos e o fato de ficar de cama me deixou entediado. Peguei o violão velho do meu pai e pedi umas revistinhas para minha mãe. Em duas semanas eu já arranhava “Knocking on a heavens doors” e “Tempo perdido”. Minhas primeiras influencias, resumindo,  foram Legião Urbana, Barão Vermelho, Beatles e Stones. Com 13 anos eu comecei a tocar na noite já, (risos)!

 

 

M: Qual sua maior inspiração para as composições?

I: A vida. Os momentos bons e ruins, as fases de sucesso e de luta. Todas as experiências, minhas ou de pessoas conhecidas, podem se transformar em música!  

 

 

M: Quais são suas maiores influencias nacionais e internacionais?

I: Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Beatles, Foo Fighters, Stones, John Mayer, Pearl Jam...Todas as bandas que eu gosto me servem de influencia e inspiração! 

 

 

M: Você já teve banda e hoje segue carreira solo. O que muda enquanto banda e estar “sozinho”?

I: Meu sonho de moleque sempre foi estar em uma banda de rock. Mas para ter uma banda é preciso achar as pessoas certas, tem que ser amigos é ter afinidade para dividir a estrada! Eu nunca achei a formação ideal para uma banda e num determinado momento e com a necessidade de lançar um trabalho autoral, decidi fazer um trabalho solo.
Hoje graças a Deus e por força do destino estou em uma nova banda de trabalho autoral com amigos que estavam na mesma situação que eu. Ficamos livres na mesma época e decidimos juntar forças.
 Aconteceu de forma natural em conversas sobre música e JAMS que fazíamos juntos e disso nasceu a ROKS que será lançada nesse semestre ainda!
Estar solo, tudo depende de você. Decide tudo sozinho. As vezes é bom pela autonomia mas ao mesmo tempo o trabalho é só seu e isso gera um desgaste muito grande. Não tem com quem dividir as conquistas e a luta. A minha preferencia é estar numa banda desde que seja com pessoas que eu goste e tenha liberdade de ser quem eu sou artisticamente falando.

 

 

M: Você já teve em seus shows grandes parcerias, como Egypcio, Tico Santa Cruz, Fernando Badauí e até mesmo o ator Eriberto Leão. Como é dividir o palco com os caras e como surgiu essas parcerias?

I: É muito bom. São grandes amigos, bem sucedidos na música e grandes representantes do rock nacional. Acho importantíssimo o fato de eles fazerem essas participações nas brechas das agendas de suas bandas, pois isso ajuda a fortalecer a cena. Eu tenho feito esse projeto com muitos amigos, além dos mencionados na pergunta tem o Digão (Raimundos) e Sérgio Britto (Titãs). O time está cada vez maior e sou muito grato à todos eles.
Eriberto é um grande amigo e um dos caras mais rock n roll que eu já conheci. Ele tem uma peça chamada JIM, em homenagem a Jim Morrison do The Doors, e isso o trouxe ao projeto, o envolvimento dele com a música e com o Rock.
Além da ROKS que e minha banda oficial, tenho esse projeto paralelo com convidados e duas bandas incríveis.
Uma é o  D´Chapas, onde tocamos muitas coisas do Charlie Brown e clássicos nacional e internacional, com Marcão Britto, Bruno Graveto e Helena Papini (integrantes do Charlie Brown Jr/ A Banca) e o TREN, Tributo ao Roque Nacional  com Heitor Gomes (baixista do CPM22/CBJR), Graveto (CBJR e Strike) e o Phil (guitarrista Detonautas).
Vários projetos para não ficar parado nunca (risos), e que me ajudam a oxigenar a mente e propagar o rock!

 

 

M: Você acredita que o rock brasileiro ainda sofre resistência pela mídia?

I: Sim. Muita. Mas é uma resistência forçada, pois tenho certeza que os grandes veículos adorariam tocar música de qualidade e parar de empurrar goela abaixo das pessoas músicas que não agregam em nada a não ser em bagunça. O país hoje é reflexo disso.
Mas são tantos os fatores que causaram isso que é difícil achar um culpado. A internet acabou propagando muita merda, houve um investimento em rádios e mídias muito grande nessas músicas promiscuas e o povo acabou “comprando” essa bagunça. Estão na fase de não pensar em nada e cantar monossílabas e se expor ao ridículo com danças vergonhosas. Mas existe uma grande parte da população ligada no que é bom, música de conteúdo. Questão de tempo das pessoas sentirem necessidade dessa evolução intelectual!

 

 

M: No interior de São Paulo a música “Tempo” teve grande destaque ficando entre as mais tocadas. Como foi saber que uma música pop/rock venceu os sertanejos, que é forte nessa região?

I: Foi uma alegria muito grande. Essa música me surpreende a cada dia. Recebo mensagens de pessoas do Brasil todo dizendo como essa canção os ajudou num determinado momento difícil de suas vidas. Ela foi usada também em consultas por uma terapeuta na Suécia. Orgulho enorme. Tenho certeza que será uma canção que me trará ainda mais conquistas.

 

 

M: Além do seu legado musical, qual outro legado você ira deixar pra seus filhos?

I: Tenho uma filha de 11 anos já, além dos meus filhos peludos, (risos). O que eu posso dizer é que pregamos o respeito em casa. Quero ser um exemplo para ela de quem não teve nunca preguiça de lutar pelos meus objetivos sem nunca prejudicar ninguém. O mundo está precisando de respeito e caráter!

 

 

M: Se pudesse ser um herói, qual seria?
I:
Difícil me colocar no papel de algum herói. Temos milhões de heróis, pessoas que buscam melhorar a qualidade de vida do planeta, pessoas que se doam para salvar vidas, para ajudar o próximo, tirar os animais das ruas... Acho que se eu conseguir fazer um pouquinho disso tudo durante a minha jornada já serei um herói.
Mas se eu pudesse ser um desses heróis de quadrinhos, com superpoderes eu seria o Homem de Ferro que é o mais rock n’ roll de todos!

 


 

M: Ivan, nossa página além de música tratamos de games e séries. Então Conta pra gente, nas horas livres o que você anda jogando e assistindo?

I: Eu não sou um cara de games. Nas horas vagas assisto muitas séries, sou fissurado por esporte (assistir e jogar) e gosto muito de brincar de chef de cozinha em casa (risos). Quase sempre dá certo!

 

 

M: O que teremos de novidade para os próximos meses?

I: A novidade é minha banda nova, ROKS! Um trabalho autoral muito legal. Estamos gravando músicas novas e algumas releituras. A sonoridade da banda é algo que busquei todo esse tempo, está incrível!
Tenho certeza que irá impressionar!
 
 
Confira o clipe de "Um Dia De Cada Vez":
 

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