quarta-feira, 20 de maio de 2015

Entrevista com Max Matta (Banda Trela)

 



Max Matta vocalista da banda Trela nos concedeu uma entrevista pra lá de maneira. Ele nos contou sobre a transição de bandas e muito mais.
Confira:



Marketeiros: Quando a vontade ser músico surgiu?

Max: Quando eu tinha 8 anos minha mãe me colocou na aula de teclado e foi minha alfabetização musical. Mas a vontade de ter uma banda e cantar minhas músicas foi na minha adolescência. Depois que eu comecei a escrever poesias e resolvi musicar algumas, os meus amigos que ouviram gostaram demais e começaram a espalhar as demos por toda a escola. Eu, que sempre fui muito tímido, vi minha oportunidade de me comunicar e socializar com as pessoas, então montei uma banda para poder tocar as músicas que escrevia.

M: Se a música não tivesse dado certo, o que seguiria que rumo profissional?

M: Eu me formei em multimídia computacional, então provavelmente seguiria fazendo algo relacionado à arte digital como edição de vídeos ou animação em 3D, criação de jogos.

M: O que mudou do Max da era Caps Lock, para o Max da era Trela?

Thiago, Sté, Max e Carlinhos. Na era Caps Lock
M: Beirando os 30 anos você para de ter medo de errar e arrisca tudo que tem vontade, pois não tem mais nada a perder. Hoje eu canto com mais personalidade, com um tom de voz mais rasgado e sem medo de desagradar a alguns. Hoje digo o que penso sobre assuntos polêmicos nas letras sem medo do que vão pensar da minha imagem pessoal. Resumindo, parei de ser o Max que o mundo esperava que eu fosse e deixei transbordar o Max que sempre existiu em mim.

M: Trabalhar em família é mais fácil ou carrega uma responsabilidade e tensão maior?

M: Tem prós e contras em se trabalhar com um irmão, tudo graças à intimidade. Quando éramos mais moleques, não mediamos muito as palavras um com o outro, então logicamente acabávamos brigando com mais frequência. Mas com o tempo aprendemos a usar essa intimidade a nosso favor. Quando estamos produzindo juntos temos uma sintonia absurda, já sabemos o que extrair um do outro e como fazê-lo e quando os ânimos esquentam sabemos evitar as discussões e deixar o assunto pra depois.

M: Qual foi a maior conquista enquanto Caps Lock e agora com a Trela?

M: Como Caps Lock tivemos muitas conquistas legais, mas eu sempre lembro de quando chegamos a figurar entre as 50 músicas mais tocadas no Brasil em rádios, considerando todas as músicas gringas e de outros estilos junto. Com a Trela, apesar do curto espaço de tempo da banda, a maior conquista foi a prova de que não precisamos da grande mídia e de hits moldados pra agradar às rádios pra termos um público mais fiel e mais assíduo do que nunca.

M: Como foi essa transição da Caps Lock, que vinha com letras mais românticas, para a Trela, com letras mais fortes?


M: Na Caps Lock eramos adolescentes com uma banda com um grande potencial de sucesso e isso acabou trazendo muita gente dando conselhos (e muitas vezes querendo nos passar a perna) que aos poucos foram tomando o controle da banda e cortando as nossas asas o suficiente pra nunca termos conseguido voar. Sempre falamos sobre todo tipo de assunto nas letras da Caps, mas a produção era voltada para agradar as rádios e acabavam eliminando tudo que não estivesse dentro dos padrões quadrados das rádios e TVs. Até que deixamos de ser adolescentes, a idade veio e não podiamos mais seguir cantando coisas que não faziam mais parte do que acreditávamos. A Trela veio um ano depois, como via de escape. Reformulamos nossa sonoridade do zero, sem nos preocuparmos com a opinião de ninguém e quando vimos o resultado do que acabávamos de criar, tivemos que lançar e dar nome ao projeto.


Max, Thiago, Carlinhos e Sté. Na era Trela
 
M: Como os fãs reagiram com essa transição?

M: Tomamos o maior cuidado possível pra não misturar os dois públicos, pois eles são bem diferentes. A Caps tinha predominância adolescente e feminina. A Trela por sua vez tem predominância masculina na faixa dos 20 a 30 anos. Tem fãs de Caps Lock que até hoje não sabem que temos outro projeto. Os que descobrem elogiam e muitos voltam a frequentar os nossos shows, o que pra gente é incrível ver pessoas que curtem o seu trabalho por quase 10 anos.

M: Qual a influência mais forte para a banda?

M: São várias, pois misturamos muitos estilos na nossa sonoridade. As mais evidentes são Charlie Brown, O Rappa, Rage Against the Macchine, Incubus e Limp Bizkit.
 


M: O que podemos esperar da Trela para esse ano?

M: Estamos produzindo o nosso primeiro disco cheio, tomara que fique pronto para este ano, mas estamos fazendo sem pressa pois temos feito muitos shows e estamos focados junto com outras bandas em recomeçar a cena de rock independente em São Paulo expandindo o #acenavive que começou no Rio de Janeiro a alguns anos.

 


M: Nossa página também traz o conteúdo de séries e games. E a galera quer saber o que você anda assistindo e jogando?

M: O pouco tempo que me sobra pra relaxar durante o dia eu reservo para o meu Assain's Creed IV e assistir às series Game of Thrones, Gotham, True Detective e House of Cards.

 
Confira o novo clipe da banda Trela:


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário