Max Matta vocalista da banda Trela nos concedeu uma entrevista pra lá de maneira. Ele nos contou sobre a transição de bandas e muito mais.
Confira:
Marketeiros: Quando a vontade ser músico
surgiu?
Max: Quando eu tinha 8 anos minha mãe me
colocou na aula de teclado e foi minha alfabetização musical. Mas a vontade de ter
uma banda e cantar minhas músicas foi na minha adolescência. Depois que eu
comecei a escrever poesias e resolvi musicar algumas, os meus amigos que
ouviram gostaram demais e começaram a espalhar as demos por toda a escola. Eu,
que sempre fui muito tímido, vi minha oportunidade de me comunicar e socializar
com as pessoas, então montei uma banda para poder tocar as músicas que
escrevia.
M: Se a música não tivesse dado certo, o que
seguiria que rumo profissional?
M: Eu me formei em multimídia
computacional, então provavelmente seguiria fazendo algo relacionado à arte
digital como edição de vídeos ou animação em 3D, criação de jogos.
M: O que mudou do Max da era Caps Lock, para o
Max da era Trela?
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Thiago, Sté, Max e Carlinhos. Na era Caps Lock |
M: Beirando os 30 anos você para de
ter medo de errar e arrisca tudo que tem vontade, pois não tem mais nada a
perder. Hoje eu canto com mais personalidade, com um tom de voz mais rasgado e
sem medo de desagradar a alguns. Hoje digo o que penso sobre assuntos polêmicos
nas letras sem medo do que vão pensar da minha imagem pessoal. Resumindo, parei
de ser o Max que o mundo esperava que
eu fosse e deixei transbordar o Max
que sempre existiu em mim.
M: Trabalhar em família é mais fácil ou carrega
uma responsabilidade e tensão maior?
M: Tem prós e contras em se trabalhar
com um irmão, tudo graças à intimidade. Quando éramos mais moleques, não
mediamos muito as palavras um com o outro, então logicamente acabávamos
brigando com mais frequência. Mas com o tempo aprendemos a usar essa intimidade
a nosso favor. Quando estamos produzindo juntos temos uma sintonia absurda, já
sabemos o que extrair um do outro e como fazê-lo e quando os ânimos esquentam
sabemos evitar as discussões e deixar o assunto pra depois.
M: Qual foi a maior conquista enquanto Caps
Lock e agora com a Trela?

M: Como foi essa transição da Caps Lock, que
vinha com letras mais românticas, para a Trela, com letras mais fortes?
M: Na Caps Lock eramos adolescentes com uma banda com um grande potencial
de sucesso e isso acabou trazendo muita gente dando conselhos (e muitas vezes
querendo nos passar a perna) que aos poucos foram tomando o controle da banda e
cortando as nossas asas o suficiente pra nunca termos conseguido voar. Sempre
falamos sobre todo tipo de assunto nas letras da Caps, mas a produção era voltada para agradar as rádios e acabavam
eliminando tudo que não estivesse dentro dos padrões quadrados das rádios e
TVs. Até que deixamos de ser adolescentes, a idade veio e não podiamos mais
seguir cantando coisas que não faziam mais parte do que acreditávamos. A Trela veio um ano depois, como via de
escape. Reformulamos nossa sonoridade do zero, sem nos preocuparmos com a
opinião de ninguém e quando vimos o resultado do que acabávamos de criar,
tivemos que lançar e dar nome ao projeto.
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Max, Thiago, Carlinhos e Sté. Na era Trela |
M: Como os fãs reagiram com essa transição?
M: Tomamos o maior cuidado possível
pra não misturar os dois públicos, pois eles são bem diferentes. A Caps tinha predominância adolescente e
feminina. A Trela por sua vez tem
predominância masculina na faixa dos 20 a 30 anos. Tem fãs de Caps Lock que até hoje não sabem que
temos outro projeto. Os que descobrem elogiam e muitos voltam a
frequentar os nossos shows, o que pra gente é incrível ver pessoas que curtem o
seu trabalho por quase 10 anos.
M: Qual a influência mais forte para a banda?
M: São várias, pois misturamos muitos
estilos na nossa sonoridade. As mais evidentes são Charlie Brown, O Rappa, Rage Against the Macchine, Incubus e Limp
Bizkit.

M: O que podemos esperar da Trela para esse
ano?
M: Estamos produzindo o nosso
primeiro disco cheio, tomara que fique pronto para este ano, mas estamos
fazendo sem pressa pois temos feito muitos shows e estamos focados junto com
outras bandas em recomeçar a cena de rock independente em São Paulo expandindo
o #acenavive que começou no Rio de Janeiro a alguns anos.
M: Nossa página também traz o conteúdo de séries e games. E a galera quer saber o que você anda assistindo e jogando?
M: O pouco tempo que me sobra pra
relaxar durante o dia eu reservo para o meu Assain's
Creed IV e assistir às series Game of
Thrones, Gotham, True Detective e House of Cards.
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